Programando uma viagem de avião

Uma das primeiras mudanças que precisei fazer em minhas viagens quando tive de adotar uma alimentação sem glúten foi já ao fazer a reserva do voo. 

Sempre viajei muito a trabalho e também com a família nas férias. Então, voar era algo corriqueiro, que não exigia muito planejamento. Escolhia as passagens simplesmente por preço e conveniência do horário.

Porém, nos meus primeiros meses como celíaca, passei alguns apuros. Mesmo tendo me informado e sabendo que teria que pedir uma dieta especial para o voo, em uma das minhas viagens a refeição especial GF não embarcou no avião. Em uma situação como essa, a comissária de bordo fica sem opção caso as refeições padrão que estão sendo servidas tenham glúten, o que era o caso. Ou seja, num voo de 10 horas de duração, eu não tinha o que comer. Pedi pra aeromoça frutas e por sorte tinham algumas para a sobremesa. Fiquei todo o voo a base de frutas e aprendi que, mesmo confirmando a refeição especial, podem haver falhas. Então a dica é SEMPRE ter um lanche reserva, seja no avião, na viagem de ônibus ou de carro.

As companhias aéreas oferecem refeição sem glúten (em voos mais longos em que são servidas refeições), mas é preciso reservar antes, normalmente com 72 horas de antecedência. Outro ponto é que, muitas vezes, a tal “refeição sem glúten” é insuficiente – tipo, apenas uma fruta no café da manhã – ou bem ruinzinha. Já tentei explicar que sem glúten não quer dizer sem gosto ou sem sal, mas realmente as pessoas confundem…

Para não passar mais perrengue, adotei alguns costumes para os voos que têm deixado minhas viagens bem mais confortáveis. Aí vão algumas dicas:

–  Para viagens mais longas, escolho conexões com bastante tempo em solo. Umas horas em um aeroporto me permitem jantar ou almoçar com mais qualidade. Às vezes, opto até por passar uma noite em um hotel nessas conexões;

– Reservo a refeição sem glúten ao comprar a passagem ou já fico ciente se tem essa opção no trecho voado. É bom, por exemplo, já falar com a comissária de bordo responsável logo ao embarcar, para ter certeza de que estão cientes, que sua refeição estará lá

– Tenho minha própria reserva de emergência na bolsa e priorizo itens que não preciso esquentar, cortar ou esfriar, como banana e castanhas.

Célia

08/07/2019

*Estamos compartilhando nossas experiências mas não somos médicas ou nutricionistas. Consulte um especialista para uma orientação profissional.

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