Sabe aquela fase que a gente vai todos os dias para a casa das amigas? Que a gente vive em turma, grudada? Pois é, era nessa fase, com 14 para 15 anos, que eu estava quando descobri que era celíaca. Aí, para tudo, né? Como é que eu ia para a casa das amigas se não podia comer nada? Pelo menos era o que eu achava naquele momento, que não podia comer (quase) nada.
Bem no comecinho da minha adaptação, preferi reunir as pessoas na minha casa pela tranquilidade de saber que ali eu com certeza ia ter o que comer. Mas com o tempo comecei a me sentir mais confortável para explicar, de um jeito simples, o que eu não podia comer e até a dar dicas de coisas básicas que estão liberadas e que são comuns em qualquer casa. Uma boa opção é pão de queijo, mas é sempre necessário verificar na embalagem se não tem mesmo glúten, porque depende do fabricante. Às vezes, também levava um bolo, torradas ou fruta para o lanche para facilitar para os dois lados. E, claro, passei a ter sempre na mochila bananinha e barrinha de cereal sem glúten.
Eu parei de me sentir uma fresca com essa coisa de falar o que eu posso e gosto de comer porque acabei entendendo que facilita muito a vida de quem está me recebendo em casa. Agora, minhas amigas mais próximas e suas famílias já estão bem acostumadas.
Viajei para a praia com as minhas amigas recentemente e a mãe de uma delas levou várias opções de comida sem glúten pensando em mim – teve até macarrão sem glúten! – o que me fez sentir muito à vontade e bem cuidada.
Cá
08/07/2019
*Estamos compartilhando nossas experiências mas não somos médicas ou nutricionistas. Consulte um especialista para uma orientação profissional.